Assim como o ser humano, o cão pode também apresentar catarata, doença que, em sua maioria, se desenvolve lenta e progressivamente. A lente do olho (cristalino) fica opaca e a visão embaçada.
A mudança não é da noite para o dia, portanto, é importante observar alterações oculares que possam surgir, causando a perda da transparência da lente, que bloqueia a passagem da luz e diminui a visão.
A catarata pode ter origens diversas e não se limita a cães idosos, como boa parte das pessoas imagina. Ela pode ocorrer em cães jovens e de meia idade, sendo no caso uma catarata hereditária. Também pode ser resultado de uma inflamação intra ocular ou até mesmo trauma.
A doença, às vezes, associa-se a alterações sistêmicas. Um exemplo são os animais diabéticos que têm maior probabilidade de apresentar catarata e a evolução, na maioria dos casos, é rápida e bilateral, pois o diabetes provoca uma série de reações no organismo que geralmente afetam diretamente a saúde ocular.
Algumas raças têm geneticamente mais predisposição à catarata, entre elas o poodle, o cocker spaniel, schnauzer e o yorkshire. A cirurgia é o único tratamento eficaz contra a catarata.
Estar atento a alterações e buscar orientação do oftalmologista veterinário ajuda no diagnóstico precoce e sucesso na cirurgia, uma vez que com a evolução da doença outras alterações graves podem surgir.
TRATAMENTO
O único tratamento eficaz contra a catarata é a cirurgia, que envolve a técnica de facoemulsificação com implantação de prótese. A eliminação da lente defeituosa é realizada sob anestesia geral e no procedimento é utilizado um equipamento especial para fragmentar e retirar o material cristalino doente. A Dra. Angélica Safatle, da equipe VetMasters, é uma das maiores especialistas do país neste procedimento.
Depois da cirurgia, os olhos do cão devem ser protegidos por, em média, duas semanas e o animal passará por monitoramento e redução das atividades para evitar lesões no olho.