A Citologia representa um meio de diagnóstico eficiente na medicina veterinária, pois não implica na necessidade de equipamento sofisticado, pode ser realizada ambulatorialmente, além de ser um procedimento simples, barato, rápido com pouco ou nenhum risco para o paciente.

Lesões superficiais são facilmente acessadas para a coleta do material. Lesões mais profundas e/ou intra-cavitárias (torácica e abdominal), devem ser abordadas com o auxílio do ultrassom ou tomografia, com o intuito de “guiar” a coleta e atingir o alvo com maior precisão e segurança.

Há várias técnicas de coleta de material para o exame citológico, escolhidas de acordo com as características da lesão. O tipo de esfregaço realizado com o material coletado dependerá das características da amostra colhida (líquida ou “sólida”). Em todos os casos, a amostra ideal é fina e cujas células apresentam-se em uma monocamada, onde o corante pode penetrar uniformemente.

A coloração ideal é a do tipo hematológico, sendo a escolha do corante hematológico dependente da preferência do citopatologista. Os resultados satisfatórios da citologia dependem da coleta de amostra adequada, do correto preparo e coloração da mesma, além do exame minucioso realizado pelo citopatologista. Um descuido em qualquer uma dessas etapas poderá comprometer o resultado final.

Responsável pelo Serviço de Citopatologia - Médica Veterinária MS Maria Carolina Catai Chalita, graduada pela FMVZ-USP, Mestre pelo Departamento de Cirurgia da FMVZ-USP.